CARTA ABERTA AO DEPUTADO E CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PELO BLOCO DE ESQUERDA (BE), FRANCISCO LOUÇÃ
VENHA CONHECER O CONCELHO DE SALVATERRA SENHOR LOUÇÃ
Em plena campanha eleitoral para as Autárquicas de 2005 e na qualidade de candidato independente à Assembleia de Freguesia de Glória do Ribatejo pelo Partido Social Democrata (PSD) decidi escrever esta carta aberta ao deputado e candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Presidência da República, Francisco Louçã, para lhe endereçar o convite para visitar o concelho de Salvaterra de Magos e contactar com as populações das seis freguesias: Granho, Muge, Glória do Ribatejo, Marinhais, Foros de Salvaterra e Salvaterra de Magos. Tenho a certeza que Francisco Louçã ouviria desabafos populares que o fariam corar de vergonha.
VENHA A SALVATERRA DE MAGOS SENHOR DEPUTADO.
NÃO TENHA MEDO. VENHA OUVIR AS PESSOAS DESTE CONCELHO.
Senhor deputado Francisco Louçã,
Sabe V. Excia que a candidata do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos que você tanto elogia por esse país fora está a ser investigada pela Polícia Judiciária (PJ) e pelo Ministério Público?
Sabe que o abuso de poder, os crimes de peculato e o tráfico de influências são uma realidade no concelho de Salvaterra de Magos?
Sabe que depois de exercer as funções de Sindicalista, em Santarém, onde dizia ser defensora dos direitos dos trabalhadores, Ana Cristina Pardal Ribeiro, quando chegou à presidência da Câmara Municipal começou a perseguir trabalhadores da autarquia?
Sabe que estes quatro anos de maioria bloquista se transformaram na maior Força de Bloqueio ao progresso e desenvolvimento do concelho?
Sabe que Ana Cristina Pardal Ribeiro é contra a ideia de uma Democracia Participativa, onde os cidadão possam participar directamente nas decisões políticas?
Sabe que a maioria bloquista virou costas à Cultura no concelho de Salvaterra de Magos e ignora as reivindicações dos jovens?
Sabia que o regime maioritário que V. Excia tanto defende é fictício e assenta sobre uma ditadura absolutista e centralizadora que tem um rosto estalinista?
Por tudo isto que acabo de escrever, V. Excia deveria deslocar-se até ao concelho de Salvaterra de Magos durante a campanha eleitoral em curso e escutar os protestos das populações. Tenho a certeza que sairia daqui com uma ideia mais clara sobre os problemas que efectivamente atrofiam o desenvolvimento económico em Salvaterra de Magos.
Não basta andar pelo país a chamar corrupto ao Avelino Torres, ao Valentim Loureiro ou a Fátima Felgueiras. Venha ao único concelho onde o Bloco de Esquerda (BE) governa com maioria absoluta para você ver com os seus próprios olhos o que é uma verdadeira ditadura.
Quando Ana Cristina Pardal Ribeiro for constituída arguida pelo Ministério Público em processos como o da "Sirene Oculta" e outros que estão a ser investigados pela Polícia Judiciária (PJ), quero ouvir o que o senhor Francisco Louçã tem a dizer sobre o assunto. Nessa altura é que vai ser a doer!
Seja bem vindo ao concelho de Salvaterra de Magos senhor Francisco Louçã! Venha ver o que uma senhora mal formada politicamente tem feito num concelho que está a perder a sua dignidade.
José Peixe
In http://salvaterraefixe.blogspot.com/2005/10/carta-aberta-ao-deputado-e-candidato.html
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sexta-feira, 2 de novembro de 2007
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13 comentários:
Os bandidos do bloco são melhores do que os de outros partidos!
O sacerdote louçã pede sempre a demissão de outros autarcas quando estes são investigados, mas a autarca dele é diferente, tem todo o seu apoio. É um falso um hipócrita. O BE assim que se apanhou numa câmara foi logo a desgraça que se viu.
esatmos cá para ver o que vai acontecer em Lisboa....
Sim esse costa de lisboa é outro, os rosinhas já calaram a comunicação social, assim fica provado o controle que os rosinhas têm sobre os media. Agora já não se passa nada na CML, agora com o costa ficou tudo bem de repente. Porcos corruptos.
O pior mesmo são os falsos esquerdistas do BE, que se revelaram na sua ânsia de poder, para poderem ser a muleta do costa agora já não há obras embargadas, já não há criticas, já está tudo bem, bloquinhas falsos.
1. O profeta
Há muitos anos que ando intrigado com o comportamento da clique dirigente, dita "ortodoxa", do PCP. Não restam quaisquer dúvidas de que a via suicidária que ela vem trilhando e impondo ao partido não tem qualquer ponta de racionalidade ou desígnio estratégico discernível. É óbvio que há sempre outros tipos de racionalidade, ligadas a interesses menores e mais imediatos. Nesse âmbito, têm surgido muitas explicações para este seu comportamento, mas nenhuma delas me parecia inteiramente satisfatória.
Há a teoria "materialista", que explica este comportamento de crispação sectária e autista com o peso adquirido no seu seio pelos interesses egoístas dos funcionários políticos. Há uma outra teoria materialista de espectro mais amplo que explica o imobilismo, defensismo e saudosismo do PCP pelo facto de o partido estar irremediável e indissoluvelmente ligado à defesa de interesses de classes e fracções de classe em decadência: a classe operária tradicional (fordista e pré-fordista), o proletariado agrícola, a pequena burguesia mais arcaica (pequenos comerciantes, profissionais liberais, etc.).
Estas explicações (particularmente a segunda) têm naturalmente a sua pertinência e o seu peso. Mas não explicam tudo. E, sobretudo, não explicam porque é que a estes mesmos factores favoráveis ao imobilismo e à inércia é permitido actuar sem serem minimamente contrariados. Ou seja, não explicam porque é que o PCP não dispõe, no seio do seu "colectivo" dirigente, do módico de recursos em imaginação e vontade de renovação que lhe permitam contrariar o efeito desses factores. Não era necessário sequer uma "refundação". Bastava uma redefinição estratégica e organizativa, baseada numa renovação das coordenadas teóricas essenciais do partido. Contra isso nada poderia a resistência inarticulada dos interesses materiais dispersos de militantes e funcionários.
Esta misteriosa paralisia está por explicar. E a causa principal aqui terá de ser encontrada, a meu ver, no reino das "superestruturas" ideológicas. É claro que nunca é de subestimar o peso da mediocridade, da caturrice e da pura estupidez tacanha. Por outro lado, há um efeito de anulação recíproca proveniente da existência de movimentos "renovadores" desencontrados, incoerentes e contraditórios, a maioria deles, aliás, de claro recorte liquidacionista. Colocados perante uma situação de impasse ideológico, face à evidência dos riscos catastróficos da “renovação”, muitos preferem a certeza da morte lenta no conforto e na “honra” da fidelidade aos velhos dogmas perimidos. Será em certa medida uma “escolha racional” entre duas opções em confronto, ambas péssimas. Mas também esta explicação não chega. Há que saber porque é que não houve condições para que o partido germinasse no seu seio uma linha de renovação efectiva capaz de triunfar e convencer.
Eu até aqui inclinava-me para uma explicação baseada na cultura de militância existente no partido, em tudo avessa à liberdade de crítica e à inquirição científica. E atribuía a existência dessa cultura, por um lado, ao legado do estalinismo (e no plano interno à paranóia conspirativa da clandestinidade), por outro, a uma espécie de atavismo milenarista de carácter para-religioso. Ao longo dos anos fui conhecendo inúmeros intelectuais do PCP, gente extremamente culta, que se distinguia pela característica comum de ser totalmente destituída de pensamento político articulado. Como se isso fosse uma faculdade inútil e até um pouco suspeita de deslealdade para com o "colectivo". Essa lobotomia geral, atribuía-a eu então a uma cultura sectária particular mas não lhe situava uma origem específica.
Ora, alguns episódios recentes do drama do PCP trouxeram-me novas ideias. Refiro-me, em primeiro lugar, à abdicação de Carlos Carvalhas e à "inclinação consensualizada" do CC por Jerónimo de Sousa para novo secretário-geral. Pelo meio, houve um episódio espantoso, anunciado pelo "Expresso". Uma delegação de responsáveis executivos do PCP ter-se-á deslocado à residência de Álvaro Cunhal (cego, praticamente imóvel) para saber qual a sua opinião sobre os vários nomes que se perfilhavam para a sucessão a Carvalhas (Jerónimo, Francisco Lopes, Jorge Cordeiro, etc.) (1).
Este fabuloso episódio ligou vários pontos dispersos e fez acender uma luz no meu cérebro. É como que um instantâneo de antropologia portuguesa. Percebi de relance toda a história do PCP nestes últimos anos e também as razões profundas para aquela mescla de fascínio e repulsa que há tanto sinto por este partido.
Estamos no terreno do puro xamanismo. No fundo esta gente (a clique "ortodoxa" da geração estalinista) não quer saber do futuro nem da revolução para nada. O que eles querem é imolar-se em grupo (arrastando para isso o maior número possível de jovens) em honra de um personagem sagrado que está em vias de falecer. Para com o futuro e a juventude eles só têm a mais funda incompreensão, o mais completo desprezo. Eles acham que militar ao lado de Álvaro Cunhal representou um limite inultrapassável de experiência existencial, humana e histórica, ao qual eles se manterão leais e fiéis até ao fim, contra tudo e contra todos.
O XVII Congresso do PCP foi assim uma espécie de pira funerária de imolação colectiva em honra de Álvaro Cunhal, na qual se consumiu finalmente todo um partido aos gritos rituais de "PCP" e "Assim se vê a força do PC". É claro que, para além da "nobreza" sacrificial do gesto de alguns, há também depois muita farsa, muita desfaçatez e muito oportunismo misturados nisto tudo. Seja como for, provavelmente já na próxima eleição legislativa, seguramente na seguinte, o Bloco de Esquerda vai deixar para trás a CDU com uma perna às costas. Depois o declínio acelerar-se-á acentuadamente. Daqui a dez anos o PCP será apenas uma seitazinha folclórica e nostálgica, como o PC britânico ou o alemão.
O anónimo profeta conseguiu adormecer toda a gente, é que ninguém conseguiu acabar de ler o comentário até ao fim, nós tentamos, a sério que tentamos, mas a seca e as mentiras eram tantas que nós adormeciamos com o tédio.
O profeta fez uma análise muito lúcida da história recente do PCP.
O gabinete de imprensa sofre do mesmo atavismo de uma certa esquerda, publicamente bem pensante, depois vamos a ver porque o vento não bate assim, era o Otávio, só ele e a sua boina a aconchegar os neurónios gelados na longa noite.
Quem sempre se auto proclamou moralmente superior foi o BE pelo seu líder e sacerdote Louçã. Acontece que afinal os financiamentos do BE vêm de gente que seriam inimigos do BE (tudo uma fantochada afinal) e a única Câmara que o BE ganha, está logo metida em corrupção. Não bastando isso o Louçã anda a pedir a demissão de autarcas de vários partidos pelo simples facto de estes estarem a ser investigados, sem qualquer acusação ou culpa provada, mas quando lhe disseram o mesmo para a sua autarca, ele disse logo que ela não se devia demitir, que era apenas uma investigação, sendo assim a moral do sacerdote tem dois pesos e duas medidas. Para quem vinha "salvar" a esquerda e trazer a moral à politica portuguesa, o BE não passa duma montanha de contradições e avidez de poder, veja-se a Câmara Municipal de Lisboa, onde o antes muito criticado António Costa membro deste governo desastroso, é agora só maravilhas e qualidades para o BE. Esse mesmo BE que já se ofereceu para ser muleta do PS nas próximas legislativas. Haja vergonha na cara desse sacerdote, cujo partido andou aqui na Moita a apoiar um movimento mentiroso dum especulador corrupto e vigarista.
nuno, estou farto de te avisar que postes muito compridos não tem impacto.
faz uma coisa mais sucinta pazinho
Mais um a atirar para o ar, assim não vais lá.
Camarada Eddie Vedder, não responda a esses comentários, o nosso amigo António até agradece que pensem que ele é o idiota do NC.
Na verdade essa troca tintas de Salvaterra nem é bem do BE. Primeiro foi independente mas candidata pelo PCP/CDU e depois chateou-se com os ditos e passou-se para o BE por mera conveniência pessoal e dúvido que por convicção ideológica.
Já faz lembrar outros camaradas mais recentes e/ou mais perto de nós e que de convicção ideológica só se fôr a do enriquecimento pessoal.
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